Páginas

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os muros da comunhão

Palavra de Deus para tua vida hoje: ''E enviei mensageiros a lhes dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; porque cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?'' Neemias 6:3.
    Neemias tinha razões pessoais e espirituais para promover a edificação dos muros de Jerusalém; na cidade estava os sepulcros de seus pais, e a falta de uma barreira física de isolamento tornava o povo de Israel alvo de influências pagãs, afinal Jerusalém, mesmo estando destruída, é a "cidade desejada''.
    No capítulo 2:17, Neemias diz: ''Edifiquemos o muro e deixemos de ser vergonha''. A reconstrução foi feita, mas sob muita oposição. Até onde estamos dispostos a nos entregar por uma obra que venha nos trazer segurança? Áreas que normalmente estão desprotegidas; sentimental, pessoal, famíliar, financeira, profissional e etc?
    Na visão de Neemias, tudo que havia em Israel de mais precioso deveria ficar entre os poderosos e imponentes, muros de Jerusalém. As vezes gostamos de nos exibir, de nos mostrar fortes, quando na verdade somos fracos... de nos mostrar sábios, quando na verdade somos muito ignorantes... de nos mostrar radiantes, quando somos um pavio que fumega há muito tempo. Aquilo que temos de valor, só terá o seu valor, de fato, se estiver sobre uma proteção inquestionável; como uma cara apólice de seguro, que só receberá credibilidade, se estiver dentro do maior complexo de segurança do universo, os muros da comunhão de Cristo.
    Erguer esse muro não é fácil realmente, implica em renúncia, sacrifícios pessoais e as vezes abandono. Quando nos pegamos só em cima de um amontoado de entulho, resto do velho, pedras pontiagudas, fragmentos de um ícone. Então olhamos para o lado, e pensamos ''Não seria melhor parar enquanto ainda não estou sendo visto?'' As vezes o medo da reprovação, por falta de confiança em si mesmo, nos conduz a covardia. Queremos a proteção mas, não tomamos parte efetiva do processo de construção sistemática e didática da edificação.
    No capítulo 4:12, os opositores diziam: ''O que aqueles fracos judeus estão fazendo?'' - Não vão conseguir terminar a obra. Paulo diz, em 2 Co 2:10, ''É na fraqueza que me constituo forte''. Obra abandonada, qualquer um entra e sai, o inimigo que entrar e sair com os nossos tesouros, levar nossos presentes e dons que recebemos do Criador; nossos sonhos, nossos projetos espirituais, nossos filhos, nossos pais, nossos bens materiais e até a nossa saúde. Mas se hoje nos colocarmos na presença do Todo-Poderoso, Ele nos fará segurar firme, nas ''colheres de pedreiro'', e nos dará entendimento para descermos de cima do projeto de Deus enquanto não estiver terminado. O muro dever ser tão alto e imponente, quanto é o desafio de nos proteger dentro da segurança da comunhão com Jesus. O melhor de tudo isso, que uma vez lá, você não poderá ser tocado nunca.
    Sejamos como Neemias, sábios e vigilantes. Que não venhamos a fazer o jogo de tantos ''Sambalates'' (Neemias 6:4-5), que estão por ai somente para servir de obstáculos para nossas vidas. Que não sejamos como esses homens desprovidos de temor, e que enfrentariam até mesmo o Criador, somente para te afastar da edificação. De nada adianta as calúnias, as injúrias e as mentiras contra nossas vidas quando estamos protegidos pelo muro da comunhão. Podem espalhar o que quiserem mas as ''nossas brechas estão seladas'' pelo sangue do Cordeiro, e nada nos poderá nos atingir. Que Deus nos abençoe.
Missionário Jocemar

Nenhum comentário:

Postar um comentário