Definição de Estratégia de Missões
A estratégia missionária é o meio para atingir alvos preestabelecidos na evangelização dos povos. Não revela falta de espiritualidade ou de fé, como alguns podem pensar. Pois tem por objetivo descobrir a vontade de Deus, ou melhor, seu plano específico para alcançarmos determinado povo. Por melhor que seja a estratégia, nunca terá sucesso sem a aprovação de Deus.
Segundo o Moderno Dicionário da Lingua Portuguesa, ''estratégia é a ciência que ensina a organizar um plano de operações''.
Levando-se em consideração que estamos em uma guerra espiritual, como vencê-la sem uma estratégia?! Deus opera através das estratégias. Vemos ao longo das Escrituras como planejou Ele todas as coisas, colocando-as em prática dentro de sua divina vontade e do tempo estrategicamente planejado.
Peter Wagner define estratégia como a ''quarta dimensão de Missões''. As outras três são : A Altura - relacionamento do homem com Deus; A Profundidade - santidade processada pelo revestimento de poder; E a Largura: - o testemunho cristão entre os povos.
Estudiosos como Dayton e Fraser definem-na como ''uma tentativa de antecipar o futuro'', ou seja, ''é nossa declaração de fé acerca do que acreditamos que o futuro deva ser e de como devemos proceder para alcançá-lo''.
Em uma definição mais simples, '' estratégia de missões é o método utilizado pelo missionário, objetivando anunciar com eficácia o Evangelho a determinado povo''.
Entre vária opções apresentadas, o estrategista terá de escolher as mais adequadas e rejeitar as que não interessam.
Para ser eficaz, a estratégia deverá seguir fatores importantes indispensáveis interligados entre si: Objetivo - Meios e Métodos - Tempo.
-O OBJETIVO
Nosso Deus é organizado! Não faz nada ao acaso, pelo contrário, seu plano eterno foi estabelecido com muita objetividade. Deus criou o homem com um alvo: Ser glorificado por ele. Elegeu Abraão com o objetivo de abençoar a todas as nações, através de sua descendência - Israel. Escolheu Moisés para libertar seu povo da escravidão do Egito. Endureceu o coração de Faraó a fim de que seu nome fosse glorificado. Enviou a Cristo para que ''todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna''. Através de Cristo, escolheu discípulos com o objetivo de anunciar entre as nações a sua glória.
O objetivo ou alvo de missões é justamente congregar em Cristo o maior número possível de discípulos de todos os povos da terra. Discípulos esses, que obedeçam a Grande Comissão ordenada pelo Mestre.
Peter Beyerhaus declara: ''O primeiro e supremo objetivo da missão é a glorificação do nome do único Deus em toda a terra e a proclamação do senhorio de Jesus Cristo, seu Filho''.
Alguns confundem os meios e métodos com o objetivo. Isto é, ao invés de fazerem discípulos, vão pregando e anotando as conversões em seus relatórios para mero fins estatísticos. Muitos chegam, inclusive, a batizar grande quantidade de pessoas para impressionar sua igreja, mas não se preocupam em discipular os convertidos. Peter Wagner diz que hoje ''o maior erro na estratégia missionária relacionado à interpretação da Grande Comissão é confundir os meios e as finalidades''.
Toda estratégia possui um alvo, visando um fim determinado. Caso contrário, não há estratégia. O alvo de um militar é derrotar o inimigo. O de um engenheiro civil, construir. O de um médico, curar as enfermidades. O da igreja, fazer discípulos. Para isto, são necessários o uso de todos os meios e métodos disponíveis. Isto é ESTRATÉGIA.
-OS MEIOS E MÉTODOS
Analisando a história de missões, concluímos que alguns povos rejeitaram o Evangelho simplesmente por uso de meios e métodos inadequados para alcançá-los. Encontramos exemplos disto nas Cruzadas dos séculos XI ao XIII, que objetivavam retomar os lugares santos e converter os mulçumanos ao Cristianismo pelo uso da força. O que se conseguiu, na verdade, foi repúdio e o ódio do mundo islâmico.
Don Richardson diz, como já escrevi, que cada povo está, de alguma forma, preparado para receber o Evangelho, bastando aos missionários aplicarem métodos adequados à situação de cada um.
*Analisemos alguns métodos bíblicos de missões:
a-) O Método de Cristo - Como Cristo conseguiu a nossa redenção?! Fez-se menor que os anjos, tomando a forma de homem, para identificar-se com este e alcançá-lo. Em sua identificação, usou uma linguagem que os homens conheciam; falou de agricultura para agricultores; da água da vida para a samaritana no poço de Jacó; de pesca para os pescadores; da lei para as doutores da lei. De posse do ponto de contato para obter a atenção dos seus ouvintes, Cristo começou a falar-lhes verdades espirituais. Com isso alcançou a muitos com sua mensagem salvadora.
b-) O Método da Igreja Primitiva - A Igreja Primitiva não escapou à necessidade de usar uma metodologia, uma estratégia missionária. Depois alcançarem alguns gentios para Cristo e receberem o batismo no Espírito Santo, ficou estabelecido no Concílio de Jerusalém que não seria exigidos deles os usos e costumes judaicos. Caso contrário, se tornariam resistentes ao Evangelho.
c-) O Método de Paulo - Paulo disse que se fez judeu para ganhar os que estão debaixo da lei judaica; de sem lei para ganhar os sem lei; de fraco para ganhar os fracos; fez-se ''tudo para todos, para por todos os meios, chegar a salvar alguns''. Os livros de Atos dos Apóstolos e Romanos revelam que o método de Paulo era chegar em uma cidade onde ainda não havia sido pregado o Evangelho e procurar primeiro uma sinagoga para expô-lo.
Com estes exemplos, podemos ver que no método não pode faltar à identificação missionária. Isto é, o missionário tem de se identificar com a cultura do povo a ser evangelizado, para poder pregar o Evangelho de forma inteligível, tornando os ouvintes receptivos à mensagem que deseja transmitir.
A história de missões nos ensina que o sucesso na estratégia missionária está relacionado à aplicação de métodos corretos e eficazes, por pessoas capacitadas para aplicá-los.
-O TEMPO
Vivemos em uma época que exige rapidez de soluções. Isto tem condicionado pessoas a quererem tudo no mais curto espaço de tempo possível. Isto é: hoje, somos imediatistas. Entretanto, em missões, o tempo é o nosso maior aliado. Os métodos, meios e as estratégias dependem desse fator para que se possa alcançar os objetivos. A causa de muitos fracassos na obra missionária está na mente imediatista dos que nela estão envolvidos.
A Palavra de Deus afirma que para tudo há um tempo. Todas as coisas dependem disto. Na evangelização, tempo é essencial.
Cristo comparou a evangelização à semente plantada que a seu tempo brotará, crescerá e dará frutos . Nenhum agricultor espera colher o que plantou antes do tempo previsto. Muitas vezes, agimos como agricultures loucos, querendo colher antes do tempo necessário, a semente do Evangelho madura no coração do pecador. Queremos ver frutos em uma árvore que ainda não cresceu e que, às vezes, não brotou.
O apóstolo Paulo comenta este processo, dizendo que ele plantou, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento. Isto nos revela que na evangelização são empregadas etapas diferentes, sendo que para cada uma podem ser usadas pessoas diferentes e, com isso, o tempo necessário para Deus desenvolver o amadurecimento de sua palavra nos corações.
Os fatores: OBJETIVOS, MEIOS, MÉTODOS E TEMPO não podem separar-se. Caso contrário, não há estratégia de missões. Logo, o fracasso é certo.
Pastor Jocemar de Lima.
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